domingo, 23 de setembro de 2012

Tratores auxiliam barcos na pesca do camarão na Praia do Farol

O Globo Mar foi ao litoral norte do Rio de Janeiro para falar de um dos reis dos mares, um rei dos pescados. Até parece um bicho enorme, mas, muitas vezes, ele não tem mais do que 20 centímetros. Estamos falando do camarão. As pessoas adoram esse bicho ao redor do planeta e, por isso, o camarão é um dos frutos do mar mais cobiçados e mais rentáveis, um item importante de exportação do nosso país.  Por isso, fomos a Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio, porque lá ele é pescado de forma única, que envolve inclusive o uso de vários tratores.



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Nossa aventura começa na Praia do Farol de São Tomé. No local, não tem plantação, mas trator é o que não falta. As máquinas são os grandes aliados dos barcos. Eles trabalham juntos há mais de 30 anos na pesca artesanal do camarão. É que, na praia, não tem porto nem outro lugar para um barco atracar.
Durante muito tempo, os pescadores da Praia do Farol só podiam usar canoas pequenas, que eles mesmos empurravam perigosamente através das ondas para trabalhar. Até que um dia surgiu uma ideia simples e ousada: usar trator para puxar e empurrar as embarcações do mar. Não é que deu certo? Na hora de os barcos voltarem do mar, a praia vira um estacionamento de tratores. Em média, 150 barcos estacionam na Praia do Farol de São Tomé.
O tratorista Thiago Henriques revela que recebe R$ 50 por ‘puxada’: “Tem dia que que estaciono 30, 40, 100 barcos. Eu recebo por puxada. Custa R$ 50 para colocar, tirar e levar o camarão, para fazer todo o serviço”. A gorjeta do ajudante que engata o cabo do trator no barco é um balde de camarão.
No outro dia, acordamos cedo para continuar a nossa aventura na pesca dos camarões,  nos deparamos com uma manhã surpreendentemente fria para o litoral fluminense, com vento e um pouco de chuva. O movimento no mercado está meio devagar. “Eu acho que é a única operação nesse sistema. Ela foi inspirada no carro de boi, mas o pessoal nosso é daqui do interior de Campos que trabalha muito com carro de boi na época do corte de cana. E foi na entressafra que os nossos parentes vinham aqui para a praia pescar”, conta o presidente da colônia de pescadores, Rodolfo Ribeiro.
O sol aparece e, desta vez, o repórter Ernesto Paglia cria coragem e embarca em um dos barcos empurrados pelo trator. Quando  nos afastamos da praia, os pescadores começam a preparar as redes para o arrasto. Eles usam uma bem malha fina para pegar um bicho tão pequeno. Depois de uma hora e pouco, cerca de 40 quilômetros da costa, já não dá para ver mais a terra. Então, começa a operação. Os tangones mantêm as redes afastadas do barco. E fazer esse arremesso exige uma técnica. Por isso, é preciso cuidado.
O mestre do barco é o encarregado de manter o motor do barco na velocidade certa para abrir a rede. Se ele puxar muito depressa, pode arrebentar ou fazer com que a rede não encoste no fundo, fique flutuando. E o camarão fica lá no fundo, caminhando. Por isso, é preciso uma rede de arrasto. Por isso o nome: tem que arrastar no fundo do mar para pegar o camarão. Cada arrasto dura entre uma e duas horas. E os pescadores passam até 12 horas no mar.
“Junto com o camarão, vem uma grande quantidade de outros pescados que a gente a gente chama de fauna acompanhante. A embarcação de camarão tem licença para capturar isso. Não é uma pescaria ilegal, mas o problema é que muito dessa captura não tem importância comercial. Então, acabam morrendo”, explica o professor Marcelo Vianna, biólogo da UFRJ e consultor do Globo Mar. “É uma forma eficiente de pescar, mas é uma forma predatória também. A pescaria mundial de camarão tem uma relação de um para dez. O que isso quer dizer: para cada quilo de camarão que é desembarcado chega a se matar dez quilos de outros organismos que são jogados fora no mar. Então, a mortandade que essa pescaria causa é muito grande. E isso compromete pescarias futuras também”, aponta o biólogo da UFRJ.
Terminada a pesca, voltamos para a praia. E mais uma vez os tratores estão a postos esperando por nós. Eles avisaram para os tripulantes se segurar, porque, quando o barco pega na areia, o baque não é  suave. Depois, ele estaciona. E no fim da aventura, a equipe do Globo mar ainda aproveita um prato delicioso: camarão no bafo, para abafar a adrenalina dessa aventura. Mas já estamos prontos pra próxima, neste mar de surpresas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SHIMANO CHRONOARCH

SHIMANO LINHA 2012
O PODER DA CARRETILHA CHRONOARCH


ANZÓIS!

ANZÓIS DE PESCA

Existem vários tipos de anzóis, uns maiores, uns mais pequenos, uns mais abertos outros mais fechados, uns mais indicados para um certo tipo de peixe que outros. Geralmente são feitos de aço com alto teor de carbono e recebem um tratamento para resistir melhor à corrosão. Podemos ainda dividir os anzóis em três tipos básicos os simples, duplos e triplos.


Um anzol divide-se nas seguintes partes: olhal, haste, abertura, garganta, barbela, ponta e curvatura.


Tipos de Olhal



Argola : O mais comum, aceita quase todos os nós.
Agulha : Usado para pesca oceânica.
Pata : Transmite mais sensibilidade à linha


Ângulos Olhal  



Tipos de Haste
Existem apenas variações no tamanho (Longa, comum ou standard e curta) ou se têm ou não farpas.



O anzol é das peças mais importantes na pesca, a correta ligação do anzol ao fio é importante e fundamental.

Não existe um padrão de tamanhos universal,  variam de um fabricante para outro, no entanto para anzóis convencionais o parâmetro mais utilizado é o Mustad cujo padrão é demonstrado na tabela abaixo. O tamanho do anzol é inversamente proporcional a numeração do mesmo, até o número 1. A partir deste tamanho, a razão é proporcional e a numeração é acrescida do /0.



O pescador para obter os melhores resultados deve ter em atenção a algumas características do anzol,a ponta deve ser afiada, ser muito penetrante, capacidade de reter o peixe apanhado, uma boa resistência e durabilidade. As caracteristicas de um anzol são difíceis de conciliar, na prática, dá-se preferência a uma ou a outra conforme o tipo de  pesca leve ou pesada, ou seja,  as qualidades do anzol mudam em função da categoria e tipo de pesca. Na pesca de peixes de grande porte, dá-se ênfase à resistência, enquanto na pesca de peixes pequenos o mais importante é que o anzol seja penetrante, isto é, que apanhe facilmente o peixe.  

Espessura
A espessura está diretamente relacionada com a resistência do anzol. Os anzóis finos são bons para pesca de peixes com a boca frágil, como Carpas, ou com os lábios grossos. Os anzóis finos penetram mais facilmente aumentando a possibilidade de captura.

Bico (fisga)
Mantendo o bico (fisga) sempre afiada, a eficiência será maior para além da possibilidade de utilização de linhas mais finas.

Cor
Pode não ser relevante, no entanto, deve ser levado em conta como um fator que pode interferir na quantidade de ataques.

Anzóis ecológicos
São normalmente fabricados para a pesca oceânica, são modelos com tratamento térmico igual a todos os outros modelos mas sem a cobertura química de proteção. A ausência de cobertura faz com que anzol oxide mais rapidamente de modo a que o peixe com um anzol cravado fique livre em poucos dias.

Tipos e anzóis em função da captura
A indicação de espécie para determinado anzol é uma indicação relativa, claro que em função do tipo alguns anzóis adaptam-se melhor a determinadas espécies do que a outras, a experiência real é, na maior parte vezes, mais eficaz do que a descrição de utilização existente nesta tabela.


domingo, 27 de maio de 2012


Desempenho positivo

Melhores notas estão em escolas da Zona Norte

Acompanhamento junto com a família, bem como engajamento de alunos e professores fazem a diferença na escola
Sobral Dentre os melhores índices divulgados pelo Spaece, Este Município se destaca juntamente com outras cidades da Região Norte, como Mucambo e Jijoca de Jericoacoara.

O Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic) foi implantado primeiramente em Sobral, na gestão do então prefeito Cid Gomes, como forma de melhorar os índices de educação na cidade. Antes do Paic, mais da metade dos alunos que saiam do terceiro ano ainda não sabiam ler. Em 2007, o Paic foi implantado em todo o Estado.

Na avaliação de 2011, entre as 90 escolas que atingiram o índice desejável de aprendizagem no 5º ano do Ensino Fundamental, 21 são de Sobral. A cidade recebeu ainda 29 prêmios de Escola Nota Dez. A Escola de Ensino Fundamental Raimundo Pimentel atingiu ainda o primeiro lugar no Paic+ do 2º Ano e no Spaece Alfa.

"Sobral foi o Município que teve mais escolas premiadas no Ceará. Esse resultado é animador e diz que nós somos capazes de fazer mais ainda", disse o prefeito Veveu Arruda.

Mucambo está em primeiro lugar com as duas melhores proficiências (Paic+), e em terceiro lugar na Avaliação do Spaece Alfa. De acordo com os dados da Secretaria de Educação desse Município, das oito escolas aptas a participarem do programa Escola Nota Dez, seis foram eleitas.

Dentre as quais, a Escola Professor Raphael Cláudio de Araújo já ganhou duas vezes o prêmio. De acordo com a diretora Mariza Celsa Freire, a estrutura física contribui bastante na aprendizagem dos alunos. "Eles se sentem mais à vontade com o ambiente. As melhorias feitas com os prêmios recebidos se tornam atrativos para as crianças. A escola se torna não só uma área de aprendizado, mais também de lazer". O prefeito Manoel Gomes de Lima afirma que, graças aos investimentos na infraestrutura, hoje a escola conta com biblioteca, laboratório de informática e salas de aulas completamente equipadas.

A secretária de Educação do Município, Clemilda Rodrigues, diz que os resultados positivos são reflexos da equipe.

Envolvimento
"As pessoas que estão envolvidas na Educação não encaram isso como um trabalho, e sim como uma meta pessoal. Nós temos um acompanhamento intenso junto à família. Quando os alunos faltam, a coordenação procura saber o motivo. Se as crianças vão mal na escola, há reforço no contra-turno. Temos parcerias com outras Secretarias, como a de Cultura e de Saúde. As escolas desenvolvem projetos como aulas de teatro, música e dança", afirma Clemilda.

O envolvimento pessoal da equipe se repete em São Benedito. A coordenadora do Paic+, Tereza Neuma, ressalta que o trabalho com profundo envolvimento é essencial para que a educação evolua. "Nossa equipe está presente em todos os momentos da vida estudantil do aluno. Queremos sempre o melhor para eles e buscamos oferecer isso", afirma ela.

Porém uma das escolas destaque da região fica no Sítio São Vicente, há seis quilômetros da cidade. A Escola Municipal de Ensino Básico Francisco Rodrigues de Medeiros tem acesso por estrada de terra batida. Ainda assim, não é barreira para cerca de 200 alunos que estudam na unidade, em turmas desde a creche até o 9º ano. De acordo com a coordenadora Verônica Rodrigues de Lima, o trabalho desenvolvido é fundado principalmente na força de vontade.

"Nossa estrutura é bastante limitada, algumas salas foram divididas em duas para podermos acolher os alunos. Alguns ficam até mesmo no saguão de entrada", afirma. Mesmo com resultados positivos no levantamento educacional do Estado, a Escola apresenta infraestrutura bastante precária. Falta até biblioteca.

Para a estudante Ana Clara, a comunidade escolar é, antes de tudo, uma família.

"Não convivemos apenas na escola. Somos vizinhos e amigos. O apoio que recebemos se estende não só pra escola, mas para todos os aspectos do cotidiano", afirma ela.

COLABORADORA
JÉSSYCA RODRIGUES